A mente vence no Ironman

24 de março de 2025

A mente vence no Ironman

No Ironman 70.3 Florianópolis, Fabi descobriu que a mente é o que realmente vence quando o corpo quer desistir. Entre dores, exaustão e superação, ela mostrou que a força mental é o que move quem acredita em si mesmo porque, no triathlon e na vida, a mente sempre chega primeiro.

A MENTE VENCE NO IRONMAN.

O lindo caos de competir contra seus próprios limites No universo do triathlon, poucos desafios são tão simbólicos quanto o Ironman. São 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida, tudo em até 16 horas, para conquistar o título que transforma atletas comuns em lendas. Mas, para quem entra na prática, a vitória não é sobre a velocidade. O verdadeiro teste começa quando o corpo pede descanso, a mente sofre em aguentar, e é preciso decidir seguir.

Foi exatamente nesse ponto que Fabi chegou, por volta dos 35 km da maratona no Ironman 70.3 Florianópolis. Depois de horas superando etapas por etapas, liberando cada gota de energia alternando a natação e o ciclismo, a corrida trouxe um desafio mais cruel: dor no estômago, energia no limite, e duas paradas forçadas.

CORRENDO CONTRA O QUE SÓ VOCÊ SENTE

“Eu só via minha posição despencando… Já estava entre 6º e o 7º lugar. Do pódio eu já tinha caído, sub-10 era impossível, Kona tinha perdido seu brilho… só restava a dignidade de terminar”, contou.

Apesar do caos físico, a cabeça estava leve. A Alegria seguia presente. Parte disso vinha das pequenas escolhas feitas antes da largada, como o uniforme. Desenvolvido pela Mauro Ribeiro Sports, o novo macaquinho Triathlon Racing foi criado para resistir ao extremo. Com Design aerodinâmico, tecidos tecnológicos e ventilação inteligente, oferece conforto, ajuste preciso e até 2 watts extras que, ao longo da prova, se acumulam em vantagem final. “Nem sinal das assaduras que eu sempre tive em provas assim. O tecido respira com o corpo”, revelou Fabi.

Na auge do cansaço, algo inesperado aconteceu. Um grito cortou o silêncio:

“Não para! Você tá em quinto!”

As pernas estavam desfalecendo, mas seu técnico aparece correndo ao seu lado, dizendo o que ela mal conseguia processar. Só duas palavras entraram na mente confusa de Fabi “quarenta segundos” e “quinta colocada”.

Para Fabi, naquele instante tudo voltou. “Gritei: Eu tô em quinto ou não tô?! Só isso que preciso saber!” — VOCÊ TÁ EM QUINTO, PO****A – ele gritou de volta, rindo. Mas completou: “A guria tá a 40 segundos de você!”

Ela não viu o tempo, nem viu o relógio. Só ouviu a multidão e um grito na linha de chegada, ao escutar a sua voz: Fabi: “Eu fiz. 100%. Me vi em mim.” Hoje, ela fala: “Não tem vitória sem dor no triathlon. No Ironman não existe. Ou eu aceito tudo, ou terminava plena.” E ela arriscou.